terça-feira, 30 de setembro de 2014

O papel da ONU na queda na mortalidade infantil - Opinião e Notícia

O papel da ONU na queda na mortalidade infantil - Opinião e Notícia



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Uma das tendências mais bem-vindas dos primeiros anos deste século é a queda dramática da mortalidade infantil. Em 2013, cerca de 6,3 milhões de crianças menores de cinco anos morreram em todo o mundo, comparado a 9,7 milhões em 2000.

Reduzir em dois terços a taxa de mortalidade infantil registrada em 1990 (quando 12,7 milhões de crianças de até cinco anos morreram) era uma das Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU (MDG, em inglês), um conjunto de oito objetivos para 2015 aprovado pela ONU em 2000. Descobrir em que medida essas metas foram responsáveis ​​pelo declínio da mortalidade infantil tornou-se uma parte importante do debate sobre a eficácia do MDG e o que deve substituí-lo a partir do ano que vem.
Para inferir quais seriam as taxas de mortalidade hoje caso o MDG não tivesse sido criado, o estudo usa dados de 173 países com populações acima de 200 mil em 2000, dos quais 141 eram considerados “em desenvolvimento”. O estudo analisou o declínio da mortalidade entre 1996 e 2001, após o qual a frase”meta de desenvolvimento do milênio” começou a ser usada por políticos em todo o mundo. Em quase dois terços dos países em desenvolvimento incluídos no estudo o declínio na mortalidade infantil acelerou após a criação das metas da ONU em comparação com a redução observada entre 1996 e 2001.
Na África Subsaariana, onde em 2001 apenas dois países estavam em vias de atingir a meta de mortalidade infantil da ONU até 2015, mais de 90% dos países têm visto a queda no número de mortes de crianças acelerar em comparação com 1996-2001.
Estas descobertas não provam que as metas da ONU foram responsáveis pela queda na mortalidade infantil, mas sinalizam que algo melhorou nos anos seguintes à criação dessas metas. No cômputo geral, há boas evidências circunstanciais de que a criação das metas da ONU ajudaram a salvar milhões de vidas jovens.

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